aqui jaz um texto
um texto bom, um texto rico
um texto sobre a vida
mas que a própria vida me impede de realizá-lo
pois ébrio estou
ébrio e com sono
e as horas avançadas são como um chamado a que me junte ao reino
a que me ceda gentilmente ao manto
reino e manto, estes, de orfeu.
sinto
sinto muito
sinto muito em deixá-los com o nada
mas deito-me agora sobre o travesseiro.
palavras desconexas parecem talvez ser mais verossímeis.
e a vida tem disso
tem de suas mudanças
mudanças e amadurecimentos
fatos tais que a tornam apenas mais digna do gozo
e é como diria o antigo mestre que a tudo viu
a tudo viu mas morreu infante
"mesmo um amor que não compensa é melhor que a solidão".
e eu dizia
dizia logo ali no começo
que aqui jazia um texto sobre a vida
um texto inspirado pelos ares e musas que somente o álcool traz
aqui jazia e aqui o jaz.
e este era um poema sobre aquilo que não foi
aquilo que não era
o que não é.
o que nem sei, ao menos, dizer.
nota do autor: agora, após um bom dia de sono, vejo o quão realmente bêbado estava ao escrever o que está acima. pois bem, deixo como uma óde à ebriedade. se você não o entendeu, eu tampouco.
O novo mandamento
Há 5 anos
4 comentários:
"aquilo que não era
o que não é."
eu diria que foi um texto complexo, daqueles que só você mesmo entende todo o sentido depois de escrever. ainda assim admiro.
um beijo.
"aquilo que não era
o que não é...
o que nem sei, ao menos, dizer."
e eu diria ainda...
"que infelizmente não foi".
Bj!
eu tb nao entendi \o/
Postar um comentário